ÚLTIMA PARTE DO CAPÍTULO UM
- Taku-chan, hoje terá uma reunião de família, e você foi chamado a comparecer nela.
- Começarei a participar das reuniões, otou-sama?
- Só com quinze anos. Mas poderá ver uma vez ou outra à partir de hoje, se você se comportar.
- Mas por que terá uma reunião hoje se houve dois dias atrás?
- Porque ocorreu um imprevisto hoje.
- O que?
- Vai saber lá.
Todos se reuniram juntamente com Takuma e começam a discussão. O assunto era que um dos membros do clã tinha sido capturado por um descuido de seu companheiro, e agora eles precisavam resgatá-lo; mas também precisavam saber o que fazer com o companheiro que se descuidou: se iriam puni-lo ou não.
Eles conseguiram entra num consenso e decidiram que iriam punir o companheiro desastrado, dando uma suspensão de três meses sem nenhuma missão, colocando-o para limpar a cidade todos os dias desses três meses. Também resolveram que Takuma iria resgatar o que tinha sido capturado; e o garoto topou, mas faria isso com o seu novo parceiro de missões.
- O que? – perguntou muito espantado, se levantando num salto. – Por que tenho que ter um companheiro de missões? Eu já passei dessa faze!
- Você passou da faze de ter um grupo de companheiros, mas não um só; e será bom para você, fazendo-o ter mais responsabilidade com as vidas humanas e também com as outras coisas que o envolve. – respondeu Keytarou à pergunta do filho.
- Demo (quer dizer “mas”)...!
- Agora, sente-se. Vai ser bom para você; vai ter novas experiências! – ordenou e recomendou o pai.
Takuma se sentou emburrado, braços cruzados e com rosto amarrado. Ele não queria isso de jeito nenhum. – Eu não quero isso, mas pelo jeito, não tenho autoridade nenhuma ainda.
- Este é seu parceiro, Gin, e tem dezessete anos. Participou de muitas missões, mais que você, e dentre elas três eram de ranque B e uma de ranque A. – Keytarou mostrou a foto do garoto junto com a ficha técnica e os relatórios das missões que tinha realizado.
- Que droga! Esse cara é certinho pra caramba! Vou ter que me ralar pra despistá-lo... Filho da mãe! Tava tudo bom até você aparecer!... Não vou deixar ninguém pegar o meu lugar! – pensou Takuma, enquanto dava uma olhada nas papeladas. – Não tenho outra escolha, então, aceito. – respondeu, tentando fazer uma expressão mais agradável.
- Muito bom! – afirmou o ancião mais velho.
- Ele está te esperando lá na segunda sala de tatame. – avisou otou-sama. – Parta no começo da noite juntamente com o seu parceiro.
- Hai! – Takuma abaixou a cabeça com os olhos fechados e rapidamente voltou ao normal.
Terminando a reunião, Takuma foi direto ver quem era seu novo parceiro. ele era um dos primos mais velhos. Quando os dois estavam saindo para a missão, Takato apareceu correndo na direção de seu irmão.
- Você já ta saindo pra uma missão, anyue?
- To sim, por que, pirralho?
- Por que ta saindo com um parceiro? Você já não tinha passado dessa fase?
- É para nós dois aprendermos a lidar com apenas um parceiro. – afirmou Gin, que estava ao lado de Takuma.
- Não sabia dessa. Depois pode me ensinar um pouco do que você sabe, anyue? Quero aprender um pouco!
- Outra hora, kozo (“pirralho”). Precisamos ir.
- Tá. – Takato, abaixa a cabeça triste.
O pai dos dos meninos estava escondido escutando a conversa deles. Ele vai em direção da criança depois que os dois maiores saíram para a missão. Ele abraça o filho por traz.
- Otou-sama, o anyue me odeia?
- Eu não sei, filho. Eu não sei... – afirmou o pai, pegando-o no colo e abraçando-o.
- Tomara que não. Gosto muito dele. Quero ser forte como ele.
Keytarou fica olhando para o céu, abraçando o filho mais novo, enquanto pensava no filho mais velho e no que estava passando em sua mente.
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