CAPÍTULO 01 INTEIRO

Oi, gente!
Estou postando hoje o capítulo 01 do livro 01 inteiro!
E aqui está:



NOVO COMPANHEIRO PARA TAKUMA


-Takato-chan!... Keytaro!... –suspirava, com lágrimas nos olhos, Shimamura Azumi, sentada na cama de hospital com várias ataduras em seu corpo. –Por que isso aconteceu?

Takato e Keytaro estavam nas salas de cirurgias, cada um em uma. Era noite, por volta das nove e meia.

-Voltem pra mim!... –continua a suspirar. –Por que fez isso, Taku-chan?

O relógio volta no tempo, antes que esta parte da história continue. Ele volta três anos no tempo.

A história se decorre no Japão do ano de 2032 na cidade de Narashi, que se situa no extremo norte do país. Nessa cidade, mais da metade da população faz parte do clã Shimamura.

O Japão dessa época ainda tem a lei de proibição do uso de armas brancas. Mesmo com essa lei, existem pessoas que ainda as usam. Existem ainda nessa época ninjas e samurais, e a maioria deles é descendente dos que eram da era feudal. A maioria deles não dizem que são, e agem nas sombras; eles fazem isso porque não querem que saibam, ou querem proteger, ou outra coisa.

Ninjas e samurais não se davam bem, sempre lutavam um contra o outro. A maioria dos samurais era reconhecida pelo governo japonês, e ajudavam os policiais, enquanto que todos os shinobis eram considerados pelos samurais, como inimigos, “maus”...

Existem também nessa época muitos clãs, e muitos deles são clãs de shinobis (ninjas) e de samurais. O clã Shimamura é um clã de shinobis que não mencionam que são; o restante da cidade não sabe esse clã é de shinobis. Esse clã possui uma empresa bem famosa no país, que se chama Empresas Shimamura.

Takuma era o filho mais velho da família principal do clã Shimamura, por isso ele é o herdeiro do clã (as Empresas Shimamura são movidas pela hierarquia do clã). Ele era um shinobi que recebeu o título de “Garoto Prodígio” por ser muito forte e conseguir colocar muita força em todas as habilidades sem “estragá-las” (consegue colocar a força na medida certa para cada habilidade). Seu nome como ninja era Tetsuia Saito. Todos os ninjas e samurais têm um “segundo nome”.

-Estou aqui, otou-sama (otou=pai, sama=sufixo para alguém importante)!

-Takuma, tenho uma missão pra você! Aqui está! –Keytaro entrega um pergaminho (japonês, é lógico) e um DVD nas mãos do garoto.

O menino vai até uma sala escura e com paredes com barreiras de som para poder ver e estudar a missão.

O Garoto Prodígio tinha um otouto (isso significa irmão mais novo) que se chamava Takato; isso quer dizer que Azumi era a okaa (okaa=mãe) dos dois irmãos. O otouto era dez anos mais novo que o onii-sama (onii=irmão mais velho) e tinha três anos, isso quer dizer que o nii-sama (nii=variação de onii, irmão mais velho) tinha treze anos.

Takato estava começando o ninjitsu, e já viam que ele tinha alguma coisa de interessante, mas ainda não descobriram o que era.

-Takato-chan (chan=sufixo usado quando uma pessoa mais velha chama uma criança, mas também serve para falar o nome de uma pessoa querida, entre outras razões) gosta muito do Taku-chan, e parece que quer ser igual à ele.

-Será mesmo? Pois eu acho que não é bem isso. Acho que ele o admira na medida do possível, mostrando que o ama muito e não quer ter as mesmas habilidades, mas ser bom como ele.

-Como assim?

-Parece que ele quer mostrar que tem habilidades diferentes do Takuma e que quer ser bom com essas habilidades.

Azumi e Keytarou estavam discutindo enquanto Takato brincava no quintal e Takuma partia para a sua nova missão. Takuma tinha escutado a última parte da conversa, enquanto ia em direção da saída de casa, e saiu com uma expressão não muito agradável.

O relógio do tempo avança apenas um ano, então o ano era de 2033.

Takato estava brincando no quintal da parte da frente da casa, quando apareceu Keytarou junto com um outro homem que era id6entico ao seu pai. Ele pára de brincar e vê uma menina, mais ou menos da sua idade, se escondendo atrás do homem.

- Takato-chan, esta é Takumi-chan, a sua prima, e é um ano mais nova que você. – disse Keytarou.

- Vai lá! – disse o homem à menina, quando olhava pra ela.

Passa-se um pouco do tempo (alguns minutos ou horas), e as duas crianças continuavam no quintal, sem a companhia dos dois adultos. Elas brincavam alegremente.

- Takumi-chan, aquele homem era seu pai?

- É, sim!

- Ele é parecido com o meu, então eles são irmaãos Gêmeos.

- O que é irmão gêmeo?

- É nascer junto, no mesmo dia, da mesma mãe; mas não precisa ter o mesmo rosto.

Keytarou, estava observando e escutando o que as crianças diziam um pouco ao longe.

- Anyue (quer dizer “irmão mais velho” de modo formal), Takato-chan é muito inteligente para a idade dele.

- Kotarou, ele não é só inteligente, sinto que tem algo mais. – comentou Keytarou, junto com o homem parecido à ele.

Os dias se passam, e as duas crianças se encontram novamente, mas na mini-floresta atrás da casa-principal, que era da família principal. Nessa mini-floresta tinha vários animais e plantas. Takato estava mostrando seus conhecimentos sobre o local para Takumi; tudo o que dizia era verdade.

- Takumi-chan, eu gosto de você! Somos primos, mas quer ser mais que isso? Quer ser minha amiga?
- Sim! Eu gosto de você também!

- Posso te chamar de Kumi-chan?

- Hai! (isso quer dizer “sim”) – ela estava sorrindo de olhos fechados. – Eu também quero mudaer seu nome...

- Não é mudar o nome. É dar um apelido carinhoso.

- Ah tá! Quero te chamar... Eto (quer dizer “deixa eu ver”)... Taka-nissama! Posso te chamar de Taka-nissama (primo (a) mais novo chama o primo mais velho assim também)?

- Hum (isso quer dizer “sim”)!

Os dois pais observavam algumas vezes as duas crianças nas suas brincadeiras, e sempre que faziam isso, percebiam que o menino era bastante inteligente.

Takato mostrava-se sempre nos treinos a sua inteligência, conseguindo aprender rapidamente e acabando facilmente e rapidamente as lutas. Takumi começou esse ano também a fazer ninjitsu, e sempre que podia, espiava os treinos do Taka; ela se admirava muito com os treinos dele e como ele agia.

Passou-se um pouco de tempo e chegou o dia de reunião dos senseis (quer dizer “professor”) juntamente com os anciãos, com o chefe do clã, e também com o subchefe. Depois de tanto discutirem, chegou o assunto dos filhos do chefe, os herdeiros do clã: Takuma e Takato.

- Taku-chan está concluindo todas as missões que damos muito bem, e com muita força. – comentou um ancião.

- Mas sinto que ele está diferente. Sinto que ele está mais violento nas missões e nos treinos; está mais que de costume. – comentou um sensei. – Nosso clã tem como um dos princípios a violência não exagerada. Temos que conversar com ele para descobrir o que aconteceu para que começasse a fazer isso.

- Vamos mandar um observador para ficar junto com ele. – disse o ancião mais velho.

- Mas que o garoto não perceba que esse “companheiro”seja um. –complementou um sensei.

- Bem, se já resolvemos, vamos passar para o assunto Takato. – disse um outro ancião.

- Ele é muito inteligente para sua idade.

- Mais inteligente que o Takuma.

- Por ele conseguir acabar com a luta rapidamente e por aprender facilmente? – perguntou Keytarou.

- Exatamente!

- Por esse motivo que devemos colocá-lo em prova.

- Prova? – perguntou novamente Keytarou.

- Isso.

- Quando?

 A conversa continuou por mais de uma hora no assunto, mas a reunião em si terminou bem tarde. Marcaram um dia para a prova do Takato, ao mesmo tempo não o deixando saber que teria. Colocaram em prática a estratégia de vigiar Takuma dois dias depois da reunião, quando escolheram o “companheiro”  do garoto.

- Taku-chan, hoje terá uma reunião de família, e você foi chamado a comparecer nela.

- Começarei a participar das reuniões, otou-sama?

- Só com quinze anos. Mas poderá ver uma vez ou outra à partir de hoje, se você se comportar.

- Mas por que terá uma reunião hoje se houve dois dias atrás?

- Porque ocorreu um imprevisto hoje.

- O que?

- Vai saber lá.

Todos se reuniram juntamente com Takuma e começam a discussão. O assunto era que um dos membros do clã tinha sido capturado por um descuido de seu companheiro, e agora eles precisavam resgatá-lo; mas também precisavam saber o que fazer com o companheiro que se descuidou: se iriam puni-lo ou não.

Eles conseguiram entra num consenso e decidiram que iriam punir o companheiro desastrado, dando uma suspensão de três meses sem nenhuma missão, colocando-o para limpar a cidade todos os dias desses três meses. Também resolveram que Takuma iria resgatar o que tinha sido capturado; e o garoto topou, mas faria isso com o seu novo parceiro de missões.

- O que? – perguntou muito espantado, se levantando num salto. – Por que tenho que ter um companheiro de missões? Eu já passei dessa faze!

- Você passou da faze de ter um grupo de companheiros, mas não um só; e será bom para você, fazendo-o ter mais responsabilidade com as vidas humanas e também com as outras coisas que o envolve. – respondeu Keytarou à pergunta do filho.

- Demo (quer dizer “mas”)...!

- Agora, sente-se. Vai ser bom para você; vai ter novas experiências! – ordenou e recomendou o pai.

Takuma se sentou emburrado, braços cruzados e com rosto amarrado. Ele não queria isso de jeito nenhum. – Eu não quero isso, mas pelo jeito, não tenho autoridade nenhuma ainda.

- Este é seu parceiro, Gin, e tem dezessete anos. Participou de muitas missões, mais que você, e dentre elas três eram de ranque B e uma de ranque A. – Keytarou mostrou a foto do garoto junto com a ficha técnica e os relatórios das missões que tinha realizado.

- Que droga! Esse cara é certinho pra caramba! Vou ter que me ralar pra despistá-lo... Filho da mãe! Tava tudo bom até você aparecer!... Não vou deixar ninguém pegar o meu lugar! – pensou Takuma, enquanto dava uma olhada nas papeladas. – Não tenho outra escolha, então, aceito. – respondeu, tentando fazer uma expressão  mais agradável.

- Muito bom! – afirmou o ancião mais velho.

- Ele está te esperando lá na segunda sala de tatame. – avisou otou-sama. – Parta no começo da noite juntamente com o seu parceiro.

- Hai! – Takuma abaixou a cabeça com os olhos fechados e rapidamente voltou ao normal.
Terminando a reunião, Takuma foi direto ver quem era seu novo parceiro. ele era um dos primos mais velhos. Quando os dois estavam saindo para a missão, Takato apareceu correndo na direção de seu irmão.

- Você já ta saindo pra uma missão, anyue?

- To sim, por que, pirralho?

- Por que ta saindo com um parceiro? Você já não tinha passado dessa fase?

- É para nós dois aprendermos a lidar com apenas um parceiro. – afirmou Gin, que estava ao lado de Takuma.

- Não sabia dessa. Depois pode me ensinar um pouco do que você sabe, anyue? Quero aprender um pouco!

- Outra hora, kozo (“pirralho”). Precisamos ir.

- Tá. – Takato, abaixa a cabeça triste.

O pai dos dos meninos estava escondido escutando a conversa deles. Ele vai em direção da criança depois que os dois maiores saíram para a missão. Ele abraça o filho por traz.

- Otou-sama, o anyue me odeia?

- Eu não sei, filho. Eu não sei... – afirmou o pai, pegando-o no colo e abraçando-o.

- Tomara que não. Gosto muito dele. Quero ser forte como ele.

Keytarou fica olhando para o céu, abraçando o filho mais novo, enquanto pensava no filho mais velho e no que estava passando em sua mente.

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